terça-feira, 26 de maio de 2015

O grande caminho

É comum vermos diversos livros novos serem lançados anualmente. Se conhece apenas a versão impressa e pronta, muitos não sabem o enorme caminho que ele percorreu até chegar a livraria.
E todo livro começa com a mesma coisa simples: uma ideia! Seja ela clichê, genial ou algo que sempre quiseram saber. Se veio de um sonho, de algo que se observou... Não importa! Ela só aparece e está lá.
A nojenta perturba, não sai da sua cabeça. É o seu único pensamento por dias. É ela implorando para ser escrita e ganhar vida.
Atendendo a súplica dela e começam os rascunhos das primeiras frases. Aos poucos o livro vai se construindo, tomando forma e se mostrando. Até que um dia, ele fica completo.
A parte mais fácil acabou. Ainda se tem muito o que fazer até chegar lá. E isso envolve muito papelada e paciência. Registro de averbação na Biblioteca Nacional e prepara mais uma leva de papel para as editoras.
A parte mais difícil são os “nãos”, todas as recusas que se vai receber. Eles tiram as suas esperanças, mas não a vontade de ver um sonho realizado. Porque todos esses nãos levam a um único e grande sim, que traz com ele uma grande euforia.
E começa outra etapa. Arrumar as tramitações legais e contratos.
O livro vai à mesa de cirurgia para ser recauchutado. Mas só do lado de fora, por dentro ele ainda é o mesmo de sempre.
Ai acontece a reprodução, onde as várias cópias são impressas. Estas são distribuídas e finalmente vão para as prateleiras das livrarias.
Um grande caminho se seguiu até ali, porém ainda falta uma coisa: O leitor. Aquele que vai ler aquelas páginas, invadir a privacidade do livro, descobrir o que ele esconde e vai se encantar com isso.
Porque essa é a missão dele! É para isso que ele foi feito. É para isso que ele existe!

2 comentários:

Francine Porfirio disse...

Ane-linda,
Sim, que processo longo e tortuoso, mas também encantador e maravilhoso, o livro atravessa para chegar às nossas mãos (rs). Adoro pensar que estamos mesmo invadindo a privacidade do livro. Ouso dizer que, às vezes, invadimos a privacidade do autor ao ler seu livro. Eu sou o tipo de autora que consegue escrever sobre vários temas, mas confesso que há histórias que levam grande parte de mim mesma. Recentemente, li um livro no qual tive total certeza de que os valores pessoais da autora estavam ali, naquelas páginas. O pior? Não gostei nada deles. E esse diálogo também é mágico.

Beijos!
http://www.myqueenside.blogspot.com

Gislaine disse...

Oi Ane, tudo bem??? Adorei a sua postagem e é bem isso mesmo. E agora lendo o comentário da Fran, vejo que não sou a única que as vezes confunde o autor e o personagem. As vezes isso é bom, as vezes isso é ruim. E as vezes, estamos certos e as vezes estamos errados. Eu geralmente se não concordo muito com as ideias de um autor, acabo não querendo conhecer o trabalho e vice versa. É como um bate papo que vi outro dia. Quando você escreve, você abre a janela da sua casa. E o que é que você gostaria que os vizinhos enxergassem??? Um beijão
http://profissao-escritor.blogspot.com.br/