Olá você, leitor!
Deve conhecer alguns da minha espécie, que é muito admirável e
tenho certeza que gosta também. Pois é, sou um
escritor.
Aquele que dedica horas
e mais horas para dar vida as palavras e, consequentemente, a novos
mundos e personagens, apenas para te fazer feliz.
Eu sei bem como se
sente ao algumas obras do meus colegas (e as minhas também). Porém,
não é este o assunto.
Vou falar sobre uma
coisa que te deixa possesso quando acontece: A morte de um
personagem.
Azar ou sorte? Não
sei. Depende do que você sente por este tal personagem. (Não quero
entrar em méritos mais profundos). Enfim...
Se odeia, a reação é:
Ai morreu, desgraça. Já vai tarde!
Se adora,ama (quer o
corpo do personagem nu), a reação é: Por que? Por que logo ele(a)?
Oh, vida cruel!
E não me chamem de
dramático, a verdade é essa.
Uma outra verdade sobre
esta questão de “personagens mortos” é que nós, os escritores,
somos chamados de assassinos. De vez em quando somos iguais a
criminosos para vocês. Não sei se é bom ou se isso é ruim.
E, sem dúvidas, a
pergunta que não sai da cabeça é: Por que fazer isso?
Não se preocupe que eu
vou explicar. Só peço um favor em troca: PAREM DE NOS CHAMAR DE
ASSASSINOS. (Respira...)
Primeiramente: É que
não é nossa culpa. A morte do personagem foi necessária para o
segmento da história. Algum motivo ele teve para morrer, merecendo
ou não.
Por favor, não sinta
ódio mortal de nós. Afinal, às vezes, agradecemos por aquele
personagem mala ter morrido.
Segundo: Mesmo o
personagem morrendo, ele ainda tem um significado, para a história e
até para você (e para mim). Ele já deixou “a sua marca” por
lá.
Terceiro: É que os
tais sempre estarão vivos dentro de nós. Sempre lembraremos dele,
com carinho e amor, com certeza.
Não precisar carregar
esta aura maligna da raiva pela nossa atitude. Imagine para nós, que
somos os pais destes inúmeros personagens e temos que matá-lo? É
como se arrancássemos um pedaço do corpo! Somos tão leitores
quanto vocês.
Todos os personagens,
finados e não finados, estarão sempre em nossos corações. Eles
sempre terão um espacinho lá.
Eu sei que você,
leitor, nos ama apesar de tudo. Existem momentos de amor e ódio na
nossa relação.
Mas saiba que fazemos
algumas coisas, contudo para um bem maior, que seria o fluxo
cronológico das histórias e as circunstâncias também.
Posso fazer um
dedicatória?
Dedico este (pequeno)
texto a vocês, aos meus colegas leitores e acima de qualquer coisa a
eles, os nossos queridos e amados personagens que (in)felizmente
morreram. RIP.
Anelise Vaz
Crônica feita para o concurso do grupo: Diz que é fã de Fanfic?