terça-feira, 26 de setembro de 2023

Dicas para Escrever: Coisas que se deve evitar na hora de escrever

 
Olá, pessoal! Como vão? Eu espero que bem!
Cá estou trazendo mais um "Dicas para escrever", que é uma das sessões do blog que mais gosto de fazer. Só porque eu falo pouco sobre escrita e ser autora nessa internet afora né?
Eu gosto pelo menos de oferecer a minha migalha de conhecimento para os outros. E bem, é uma das coisas que está com mais acessos aqui no blog.
Hoje separei para vocês uma ideia antiga - da época em que estava mais envolvida com os sites de fanfic - que é sempre bom de se falar: Coisas que devemos evitar na hora da escrita.
Lembrando que são apenas dicas e nada aqui é uma grande verdade absoluta tá?
Então, se mais enrolar... Bora lá!

Personagem Mary Sue/Gary Stu

Por conceito, Mary Sue (termo usado para as personagens femininas) ou Gary Stu (para os masculinos), são personagens que são perfeitos em tudo o que são, fazem ou irão fazer. Ou seja, o personagem é bonito, inteligente, divertido, legal, bom de briga, um mago natural... Enfim, ele é perfeito! E cá entre nós, não é meio chato uma pessoa perfeita? Imagina um personagem ser assim? O livro acaba se tornando chato porque o personagem é tão perfeito e não tem nada para evoluir.
Não existe ninguém perfeito e muitos personagens são criados para nos identificarmos, especialmente com as falhas que eles têm e a questão de eles trabalharem isto durante a história e irem se transformando e mudando.
É uma coisa a se evitar porque deixa o personagem bem irreal e as pessoas que leem podem não se relacionar com ele.
Não signfica que você não posso fazer um personagem assim, mas tem que saber trabalhar com ele. Por exemplo, a Phryne, da série Miss Fisher's Murder Mysteries, é uma Mary Sue, mas mesmo assim é uma personagem muito legal e muito carismática. Só que a mulher é uma ótima detetive, pilota avião e até sobe prédio de salto. Pois é!
E teve um livro que eu li que o personagem era Gary Stu e isso o tornou muito chato, pois em muitos momentos ele passa por treinamentos e muitas vezes acaba sendo até fácil demais para ele e isso acaba tornando o livro muito maçante e me arrastei para terminar.
Enfim, só mostrando os perigos de um tipo de personagem assim.
 

Apresentar muitos personagens ou coisas de uma vez

Uma coisa muito comum com autores que estão começando e que acontece até naqueles filmes adolescentes, é fazer uma apresentação bem expositiva do personagem principal e de todo o contexto que ele vive.
Quantas fanfics já não li que em apenas um parágrafo o autora já tinha falado do personagem principal, da família toda dela, dos amigos e até dos inimigos. E me refiro a um parágrafo de cinco linhas.
Não significa que esse tipo de apresentação seja ruim, mas o cuidado que se deve tomar é - além do contexto do livro, porque essa ideia eu fiz no meu livro As Aventuras de Jimmy Wayn - para não carregar a cabeça do leitor com tantas informações e nomes e outras coisas tão de cara.
O processo de apresentação faz parte da história sim, pois é preciso conhecer sobre o enredo e quem está envolvido nele, mas isso pode ser trabalhado de uma forma melhor... Talvez usando um capítulo inteiro para isso e oferecendo esses detalhes em pequenas pitadas.
E claro, essa dica não serve só para as apresentações de personagens e histórias, mas para qualquer parte que houver a necessidade de mais explicação ou exposição, como mostrar um sistema de magia ou um modo de luta.
No meu livro, O Diário da Escrava Amada, por exemplo, muitas coisas do contexto e sobre os personagens são mostradas no decorrer e desenvolvimento da história. Porém, por conta de alguns leitores, tive que criar um prólogo para a história explicando sobre o contexto histórico e social em que os personagens estão inseridos. Só que eu trabalhei isso usando um capítulo inteiro antes de realmente a história começar, mas confesso que - por ser jardineira - gostava das coisas aos pouquinhos.
Mas é bom sempre ter atenção para não sobrecarregar com detalhes e informações todas de uma vez e deixar o pobre do leitor confuso e perdido e sendo obrigado a voltar algumas páginas para lembrar tal pessoas ou tal informação.
 

Misturar muitos pontos de vista de uma vez

Costuma ser mais fácil uma escrita com o personagem narrando sua própria história, tecnicamente isto se chama Narração em 1º pessoa. Mas, ela tem algumas limitações que diferem bastante do outro tipo mais comum de narração, que é em 3º pessoa, geralmente com narrador onisciente - que sabe até sobre os sentimentos dos personagens. E alguns podem apelar para a mudança do ponto de vista para poder cobrir mais da história que apenas um personagem não conseguiria fazer.
O problema não é ter vários pontos de vista numa mesma história. São recursos que podemos usar mesmo. O cuidado que se deve tomar é não querer que esses pontos de vista acabem se atropelando entre si. E eu já vi acontecer algumas vezes e isso pode acabar deixando a leitura bem confusa.
Minha dica para isso é que cada personagem pode ter o seu próprio capítulo para contar sua visão ou até dá para brincar com os dois ao mesmo tempo, mas com moderação, fazendo eles até discutindo como tal fato aconteceu ou não. Deixa uma cara interessante para a história!
Só que é preciso atenção para saber qual personagem está narrando e em qual momento, evitando que um se misture muito com o outro e o leitor não vai fazer ideia de quem é que está contando o quê ou quem está sentindo o quê.
 

"Internetês"

Sei que atualmente estamos muito presentes na internet e ela apresenta a sua própria linguagem, que se chama Internetês (um nome bem anos 200, eu sei)!
De vez em quando, pelo puro costume, acontece de acabar escrevendo abreviando tudo né? Mas, infelizmente, a maneira que escrevemos na internet não é aceita na gramática e bem, pensando que estamos trabalhando com livros, é necessário que eles sejam escritos no língua formal certinho. Salvo, é claro, quando formos representar alguma característica regional do personagem ou até que algum trecho do livro se passe através de mensagens ou outras coisas relacionadas a redes sociais e internet.
Alias, é uma dica que dou até para os meus alunos: procurar sempre escrever o mais correto possível em qualquer lugar, porque ai evita essa confusão que abreviar tudo pode causar, como acabar esquecendo como tal palavra se escrever normalmente.
Não significa que não possamos conversar com os amigos do jeito que acharmos melhor, mas é saber separar os contextos.
Quantas vezes já num peguei texto em site de fanfic abreviado ou até alunos meus que abreviaram palavras no texto em sala de aula? Pois é!
 
Bem, pessoal, é isto!
Espero que tenham gostado das Dicas de hoje e espero que elas ajudem vocês a prestar atenção nesses pequenos detalhes que devemos ter sempre atenção e até evitar.
E uma pergunta antes de encerrar: Tem algum temas que vocês querem ver no "Dicas para escrever"? Só comentar ai em baixo!
Até a próxima!
 
 
 

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