sexta-feira, 23 de maio de 2014

Reler textos antigos


(Foto meio aleatória mas tudo bem!)
Muita gente costuma ter uma relação de amor e ódio em relação ao que escreve, inclusive eu.
Permanece horas escrevendo alguma coisa e acha tudo aquilo uma maravilha. Algum tempo depois, acaba relendo aquilo que escreveu e acha, sinceramente, uma bela de uma merda.
Se martiriza e ficou com a cabeça encucada tentando descobrir o que diabos tinha pensando na hora e por achar que aquilo estava bom.
Bem, eu não passo por isso!
Posso até reler algo e achar ruim, mas eu entendo que era um outro momento. Eu me sentia de uma outra maneira e meu pensamento era outro. Pode-se dizer que eu até era uma pessoa completamente diferente do que era naquela época.
Recordo do dia em que relia um trecho de As Super Agentes e o livro das magias, o primeiro livro que comecei a escrever. Era uma das partes que eu escrevi com uns 11/12 anos, considerando que levei oito anos para completá-lo, e como eu ria. Ria de gargalhar. Pode até ser bobo, mas eu vi a Anelise mais nova naquelas palavras. Bateu a nostalgia e uma saudade desse tempo.
Deve ser por esse motivo, de ser muito saudosista, que eu deteste fazer alterações nos meus textos. Eu acredito em uma coisa chama essência e acredito que ela se perca quando você pega uma cena e a reescreve. Vai mudar porque é uma outra situação na qual você está escrevendo.
E essa coisa de "odiar o que eu escrevo" existe, imagine ao contrário. Escrevendo achando que está uma bela porcaria, mas quando você vai ver de novo, o texto está muito bom.
É uma coisa bem complexa! Escritores são pessoas confusas que a cada hora estão com a cabeça em um lugar diferente, recebendo influências do mundo exterior. E, por que não, do interior também?

Um comentário:

Francine Porfirio disse...

Adorei seu post, flor! Como sempre, você traz uma reflexão interessante. Eu mesma odeia o que produzo, quase sempre (quando releio) penso que poderia ter desenvolvido algo muito melhor. Mas igual a você, também percebo que naquele momento oferecei o melhor de mim. E vivia outra circunstância de vida, outras experiências (rs). Adorei. Seu texto foi muito saudoso… É difícil aceitar nossas próprias fragilidades, principalmente quando as achamos num texto, kkkk.
Beijos, flor!

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