terça-feira, 28 de junho de 2022

Precisamos falar sobre... #32: Os direitos de escolha da mulher

 
 
Olá, pessoal! Como vão? Eu espero que bem!
Cá estou hoje trazendo mais uma postagem deste tipo, pois se faz necessária.
Não sei se vocês acompanharam ou estavam mais ligados no que estava acontecendo na internet nesta última semana, mas aconteceram três coisas que fazem a gente pensar um bocado nessa posição merda que é ser mulher nessa sociedade.
O primeiro foi que nos Estados Unidos voltaram atrás com a decisão de permitir o aborto em todos os casos. Pelo pouco que entendi, agora será uma decisão que cada estado terá, se permite ou não. Levando em conta que era um país que permitia aborto desde os anos 50, é um puta de um retrocesso.
E o medo é que o nosso tão querido Brasil queira imitar.
A segunda foi o caso da menina de 10/11 anos que estava grávida, segundo as informações foi estuprada, e a mãe foi com a menina para fazer o aborto. A época a garota estava com 22 semanas de gestação - um pouco mais que cinco meses - e em casos assim só é permitido até a 20º semana, depois só com ordem judicial.
Então, mãe e filha foram para a justiça e aconteceu uma coisa horrível de que a juíza queria porque queria que uma menina dessa idade levasse a gestação um pouco adiante e fizesse um parto. (Gente, ver parte do vídeo disto foi um horror.)
Depois se descobriu que a menina estava grávida era do enteado da mãe e eles "namoravam". (Até porque nessa idade, a criança nem tem como consentir esse tipo de coisa e nem tem que namorar.)
Mas, pensando com lógica, uma criança de 10 anos não tem estrutura corporal para carregar uma criança... Ela realmente corria risco de vida, ainda mais se fosse fazer um parto.
A história repercutiu bastante na internet e o procedimento foi feito com ela, através de parto induzido com o feto já morto.
Outro ponto que repercutiu é toda aquela coisa de julgarem as pessoas envolvidas na história - no caso, mais a vítima - e dizer o que ela deveria ou não fazer, porque matar o bebê seria um assassinato. Ela podia ter o bebê e dava para a adoção, é mais fácil.
E ai, a gente chega na terceira história, que é a da atriz Klara Castanho, que teve uma coisa bastante íntima revelada. Ela foi estuprada, não fez registro (porque não quis, por medo), tomou pílula e tentou seguir a vida mesmo com o trauma. Uns meses depois, ela começou a passar mal e num susto ela descobriu que estava já no final da gestação. (Eu imagino como ela não deve ter ficado quando isso aconteceu, somando-se ao trauma da violência.)
Ela decidiu, num puta ato altruísta na minha opinião, que daria a criança para adoção e assim o fez.
Não vou me aprofundar tanto, pois com mais detalhes tem lá nas redes sociais da atriz.
Mas, desde da descoberta da gravidez dela, do parto e da história vindo à tona, ela foi humilhada novamente por todas as pessoas que deviriam a acolher. Nem vou comentar sobre as pessoas nojentas que soltaram a história.
Porém, a ai a gente recai no ponto de que a atriz está sendo criticada por ter dado a criança para a adoção (coisa que ela fez de forma legal, apoiada pela lei).
Isso sem contar que fizeram o favor de vazar todos os detalhes de qual foi o hospital, o dia e tudo o mais... Quebrando o sigilo que supostamente deveria haver.
Ai, eu fiquei refletindo nessas coisas essa semana, tanto que até opinei no twitter bem irritada. Mas, o problema não é abortar ou dar a criança para adoção, o problema é que a mulher não pode escolher.
Quantas de nós mulheres somos criticadas o tempo todo por nossas escolhas? De ter filhos, de não ter filhos, de casar ou de não casar, de abortar, de dar um bebê para adoção pois não tem condições psicológicas de criar... É o tempo todo!
Em resumo: Se foi estuprada tem que criar o "fruto"  do estupro. (Me sobe um negócio de raiva!)
Não adianta a escolha que a gente faça, sempre vai ter alguém para criticar, para dizer o que devíamos ter feito... Querendo humilhar a nossa liberdade.
A liberdade feminina é uma coisa bastante recente e que anda numa corda bamba, ainda mais em tempos tão conservadores como os atuais.  E me dá um puta medo e quando acontecem essas coisas, porque parece que a gente evoluindo, mas ai damos uns 40 passos para trás.
Eu sou feminista desde que me entendo por mim e ver essas coisas me dão uma tristeza enorme, porque nossos direitos como mulheres estão sempre cerceados.
Mulher pode e deve fazer suas escolhas, principalmente aquelas sobre seu corpo! E É isto!
Era sobre o que queria falar, botar para fora e num dá nos poucos caracteres do twitter, sendo que aqui consigo elaborar melhor e colocar meus pontos.
E ai? Concordam ou discordam? Tem algo a acrescentar?
Comentem aí!
Até a próxima!

   

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