Olá, pessoal! Mais uma postagem dessa se faz necessária. Não tendo em vista nenhuma polêmica recente ou algum acontecimento que desperta. Na verdade, dessa vez, foi um acontecimento comigo especificamente e não é a primeira vez que acontece.
Enfim, ainda lembro sobre a postagem desse tipo que fiz sobre o livro A Escrava e a Fera. Que na boa, realmente era um livro mega problemático por muitas razões. E também lembro que citei meu próprio livro naquela postagem. O livro que está em publicação no Wattpad (e em outras plataformas digitais) e com a campanha no catarse.
Nesse última semana, inocentemente, fui num grupo de autores e comentei da labuta de divulgar a campanha e coisa e tal. E sempre rola de vir alguém perguntar a sinopse, sobre o livro. Uma menina fez isso na postagem e eu - na minha santa inocência - mandei. E bem, depois recebi uma resposta. E bem, era mais uma daqueles críticas nada delicadas. A postagem até foi apagada posteriormente, não por mim, mas foi melhor assim. Até tenho as prints, porque enviei para um grupo, mas prefiro não postar aqui. Só para evitar a fadiga e não quero expor.
Enfim, aconteceu uma história já conhecida minha. As pessoas que leem dois capítulos ou três e vão xingar horrores o meu livro. Já aconteceu umas três vezes, pelo menos. E mais uma vez a minha vontade de gravar um certo vídeo me veio, justamente sobre esse tema.
Primeiro, apenas ao ler a sinopse, ela perguntou como que eu podia tratar de forma banal e romantizada um tema tão delicado quanto escravidão. Respondi dizendo que não. Não havia romantização!
Ai pronto! Era tudo o que precisava. Depois veio um outro comentário dela, falando mal até dizer chega. Falando que meu livro era problemático e que tinha apologia a estupro, a pedofilia e a escravidão. E que ela ficou super desconfortável com a cena da primeira vez da personagem e que aquilo era um estupro romantizado.
E eu, Anelise neurótica, fiquei nervosa, chorosa e mega sentida. (Ainda bem que minha aula tinha acabado!)
E fui desabafar num grupo de autores e o povo lá é maravilhoso e falaram coisas que fazem muito sentido.
Primeiro que a pessoa em questão não devia ter lido minha história só para "ver como era", ainda mais que pela sinopse, ela sabia o tema. (Isso é um misto do que eles falaram com o que eu concluí.)
E bem, a pessoa leu de pirraça e para passar raiva, porque não é possível. E para evitar esse tipo de coisa deveria colocar o aviso de gatilho.
Segundo que eu deveria simplesmente ignorar e não responder. Até porque eu nem sabia como ia responder aquilo. Porque sim, ela entrou com um monte de coisa que eu falo aqui no blog. E não quer dizer que ela estava errada, mas analisando a obra como um todo, aquilo faz sentido.
E o que eu quero falar com esse postagem?
É que atualmente tem alguns leitores/autores que pensam que não se pode falar de temas delicados em livros. Não se pode falar por tal tema porque ele é sensível!
Claro que se pode, claro que se deve. Porque a literatura está ai não só para ser fofinha e bonitinha, ela também entra como uma crítica social. Uma crítica e uma reflexão a qualquer coisa!
Você pode falar de temas no seu livro e que não necessariamente se concorda ou se ache "legal". Eu não acho nem estupro, nem pedofilia e nem escravidão algo legal. Acho que não deveria nem existir. Mas, eu tenho essa tema no meu livro e ok. Foi o que eu quis colocar!
O que acontece é que tem pessoas que tem certos gatilhos com alguns temas, o que é normal para elas. A que estão é quando elas são sensíveis a esses temas. Ai, cabe a elas, ao ter essa sensibilidade evitar de ler histórias com este tema. O que não foi o que aconteceu com a pessoas que criticou a história. Se é um tema que ela tem gatilho, óbvio que vai incomodar e ela não vai gostar.
Existem temas que eu não gosto e eu não consumo nada com isso.
Mas, outro ponto que sempre falam é - saindo um pouco do tema da "literatura sensível" - que meu universo é inverossímil, irreal e que não faz sentido. (São três sinônimos para a mesma coisa.)
E bem, existe uma coisinha chamada "Verossimilhança interna". É esse detalhe que me faz sim meu universo tem lógica, dentro dele, apenas para os personagens. Todas as mídias possuem esse tipo de verossimilhança. Tem país que faculdade é paga e quando a falamos que no Brasil é de graça, eles praticamente não acreditam. Existem realidades diferentes seja no mundo ou em livros. Não quer dizer que elas estão corretas.
Enfim, só quis escrever isso aqui e ficou enorme, mas acho válido.
É para se pensar sobre como avaliamos as obras e mídias que consumimos. A tudo cabe uma interpretação, seja nossa ou seja a obra dentro dela própria.
É isso! Até a próxima!
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