Olá, pessoal! Como estão? Eu espero que bem!
Cá estou eu hoje trazendo mais uma resenha, dessa vez de mais um livro nacional, que é A Terra Mágica de Euclides, da autora Zirah. Mais um das levas que comprei na Bienal de 2019, inclusive a autora dividiu estande comigo no evento. E ela é uma fofa!
E por que fiquei tanto tempo para ler este livro? Eu vou explicar melhor na resenha!
Vamos primeiro para a sinopse, depois falo o que achei!
Bora lá!
Sinopse: Euclides é um típico garoto de Boston, antissocial e inerte em seu universo particular de livros, cujo único amigo é seu leal cachorro vira-latas de nome curioso: Cowboy. Mas isso está para mudar assim que seu pai recebe uma promoção e é enviado para a cidadezinha de Fishers, Indiana. Euclides não esperava nada de novo até conhecer os gêmeos Aziz e Zaira, de personalidades completamente diferentes da dele, e até uma misteriosa porta magica e brilhante aparecer a sua frente em seu aniversário de 13 anos. Curioso, como um bom viciado em livros, Euclides atravessa a porta mágica acompanhado de seus dois novos amigos e de Cowboy, até se ver em uma terra mergulhada em trevas, onde o sol não brilhava havia séculos. Mas aquela não era uma terra qualquer, e sim, a Terra Mágica do Japão, onde criaturas e deuses mitológicos são encontrados a cada esquina, a cada montanha, a cada templo. Que mistérios e aventuras aguardam nossos heróis para salvar essa terra da escuridão e trazer a paz novamente a todos os seres mágicos que ali habitam? Livro no Skoob
A Terra Mágica de Euclides conta a história do personagem de mesmo nome, um menino de 12 anos, franzino, asmático, muito inteligente e que vive enfiado em seus livros, conhece bastante da cultura japonesa - tudo por culpa do seu avó Ícaro - e na companhia de seu cachorro Cowboy. Tudo começa quando ele se muda de Boston para Fishers com os pais. Nos seus primeiros dias na cidade, ele conhece os gêmeos Zaira e Aziz e os três parecem que vão construir uma amizade. Euclides logo faz aniversário e o trio resolve fazer um piquenique no parque da cidade. Porém, acontece algo inusitado e um portal iluminado se abre. Euclides, corajoso, entra no portão e os dois amigos vão atrás. Do outro lado está a terra mágica do Japão e ela corre perigo. A deusa Amaterasu foi aprisionada e aquele mundo mergulhou numa noite eterna. Só Euclides, com auxílio dos três artefatos mágicos pode salva a deusa e restaurar o equilíbrio do mundo mágico.
Então, esse é o enredo e a história desenvolve a parte dai, com os personagens enfrentando diversos perigos para salvar a deusa. E colocar o imperador de direito - que é o Hachiro - na linha de sucessão no trono.
Sim, esse livro tem tudo e mais um pouco para que eu gostasse dele, mas em certos momentos a minha leitura se arrastou tanto que digo que achei a premissa boa, mas bem mal executada.
Os personagens são bem legais, a gente sabe bem sobre os comportamentos deles e até se conecta um pouco a eles. Não só os iniciais, mas os que aparecem no caminho, como o Origami, o Monge, Koji, Seiji, a Issa e o Y. Esse é um dos pontos positivos do livro, de verdade! E acho que foi o que manteve na leitura.
Porém, parece que não existe um ritmo de urgência no que os personagens tem que fazer. A maior parte do livro acaba seguindo a mesma fórmula, eles vão andando por um lugar, encontram uma criatura, se desesperam e dá duas linhas e o Euclides sabe como resolver.
E gente, tem um furo enorme, que é o Origami, pois ele pode virar qualquer coisa... Literalmente! Qual era a dificuldade dele se transformar num ser alado - que ele vira várias vezes na história - e levar os personagens onde precisavam ir? Enfim, me incomodou um pouco.
E como disse antes, em alguns momentos, a leitura acaba se arrastando e muito. As páginas vão passando, os personagens andam, fazem bastantes coisas, mas parece que a história em si não caminha tanto. Bom, foi a sensação que eu tive.
Outra coisa que me incomodou, mas ai foi pessoalmente, são os personagens serem dos Estados Unidos. Nossa, seria tão mais legal se eles fossem brasileiros, ainda mais com o protagonista se chamando Euclides.
Outro ponto negativo e que auxiliou para a leitura perder totalmente a fluidez foram as páginas e mais páginas de diálogos completamente em japonês. Para acompanhar, eu precisava ler as infinitas notas de rodapé. E sim, isso me incomodou e muito!
Mas, tinha uma parte que precisava de melhor descrição: das infinitas criaturas que aparecem na história e não tem nada falando um pouco melhor sobre elas e para quem não conhece tanto pode ser péssimo isso.
O livro só foi ficar melhor na hora do clímax, que foi muito bem feito e entregue, mas ainda foi meio morno porque o livro todo foi.
E confesso que achei a aparição da deusa Amaterasu tão curta e fiquei com raiva pelo personagens que passaram um monte de perrengue para salvá-la e ela só dá um "Oi" e vai embora.
Obviamente, o final é bastante clichê e isso não é um problema, mas o decorrer do livro me dificultou muito para chegar no final. Eu lia trinta páginas e ficava cansada já!
A escrita da autora é boa, ela descreve bem o que é necessário e achei bem legal o mundo que ela criou!
Talvez o problema esteja comigo, pois claramente não sou o público-alvo deste livro, mesmo com a temática dela. O livro tinha muito potencial para ser um ótimo livro de fantasia, mas se perdeu no meio do caminho.
Bem, pessoal, é isto! É sempre mais difícil escrever uma resenha negativa, mas sempre falo com sinceridade o que achei das leituras e justifico sempre o que não gostei.
Ainda quero ler outro livro da autora, pois sei que ela tem uma escrita muito boa. Quem sabe não pegue algo para um público mais velho dela.
Até a próxima!
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