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terça-feira, 22 de setembro de 2020

Precisamos falar sobre... #27: Escritor não precisa ser dicionário ambulante



Olá, pessoal! Como estão? Eu espero que bem!
Bom, cá estou eu trazendo mais uma postagem do tipo, porque senti necessidade, ainda mais depois de um acontecimento meio chato - para não dizer completamente - no meu facebook. (E que eu fico me perguntando porque ainda não deletei, ai lembro que tenho que divulgar os livros em todo o lugar.)
Enfim, postei uma coisa simples e bem besta, comentando sobre meus 15 anos como escritora e nem me toquei que eu tinha esquecido o acento do "têm" no plural. E nem me ligo muito com alguns detalhes na hora de postar. Mas, ai que a história piora...
Uma pessoa mega aleatória no meu perfil - que provavelmente veio na leva de autores que me adicionaram - veio comentar sobre o erro do acento, porém, não foi como um toque, mas sim como um deboche. Tentando me diminuir e me menosprezar, chamando-me de semianalfabeta e questionando minhas capacidades como autora.

Mas, o pior disso tudo é o que buraco é mais em baixo, porque um tempo atrás, essa pessoa comentou uma piada que não achei graça e ele ficou meio revoltado. Então, dá para perceber o ódio que uma pessoa tem no coração para fazer uma coisa dessas. Já tomou até block porque não estava acrescentando em nada, só me dando estresse. Tava tinha anos no perfil, nunca leu meus livros, mas para apontar o dedo tava lá. Enfim, fica a print a título de curiosidade!

 E não, como indica o título, não falarei sobre haters. Quem sabe não faça outro dia!
Contudo, toda essa situação me despertou uma coisa que me incomoda muito, especialmente pelo fato de eu ser escritora e professor de português.
Eu sei bem o quanto a gramática normativa é chata e cheia de regras e exceções. É tanta coisa, que nem sempre a gente acaba lembrando tudo, é impossível. Tem coisa que a gente que pegar e olhar de novo para lembrar. E sinceramente, eu não vou ficar consultando pra fazer uma simples postagem no meu facebook. E na boa, depois que se estuda linguística e socio-linguistica, a sua visão sobre a gramática muda totalmente.
Eu vejo só como uma forma de padronizar a língua escrita/falada, porque eu imagino a bagunça que seria cada um escrevendo algo do jeito que acha que é. E alguns leves erros, até ortográficos não tornam um texto incompreensível. Se ele for mal construído, ai sim!

E isso me pega pensando em o quanto somos pressionados pela nossa profissão, escritores especialmente. Tem gente que acha que escritor tem que ser dicionário ambulante, saber todas as regras e entregar um texto perfeito no primeiro rascunho. (Até com professor isso acontece, a gente é humano e erra. Tá tudo bem!)
Escritor não tem que ser dicionário ambulante, ele não tem que saber todas as regras do mundo. Apenas deve ter noção de algumas coisas básicas e mais comuns para poder escrever melhor. E outra coisa chata, escritor não tem que fazer nada além de escrever. Posso fazer um post gigante sobre as regras que tacam em cima de escritor e o tema da postagem de hoje é uma delas.
Confesso que já vi muito autor errando palavras simples - como "agente" e "a gente", "mas" e "mais" - e nem por isso eu fui no comentário tacar hate e xingar igual o ser me fez.
Enfim, era essa a reflexão que quis botar pra fora.
E vocês? Concordam ou discordam?
Comentem aí!
Até a próxima!

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