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sábado, 28 de outubro de 2017

Precisamos falar sobre... #11: Mini Machismos nossos de cada dia


Halo, pipous!
Quebrando o meu cronograma de postagens por razões de: Meu vídeo tá atrasado e aconteceram coisas que me revoltaram. E bem, quando o segundo acontece, sempre se faz necessário este tipo de post.
Eu tinha que trocar o nome dele para "Anelise revoltada, problematizadora e com os dedos coçando". hahaha Zoas!
Enfim, eu, como escritora que sou, sempre me pego observando e muito as coisas e as pessoas. E também como feminista fico também observando muita coisa que reforça e muito pensamentos enraizados na nossa sociedade.
Situações essas que chamo carinhosamente de "Mini Machismo nosso de cada dia".
Como quando estou um pouco mais a vontade em casa e acaba chegando uma visita surpresa em casa, geralmente sendo um homem. E sinceramente, odeio ter que correr e trocar de roupa por causa disso.
Odiava quando tinha uns 12/13 anos e não podia ficar de sutiã em casa (no caso, era a casa antiga) porque o vizinho tava soltando pipa. Odiava mesmo!
Ou quando um dos meus tios cismava mesmo em implicar com meu irmão só porque ele brincava de boneca comigo. Sério, eu chegava ao ponto de ficar incrédula e revoltada. Claro que não entendia o que era aquilo, só agora percebo o que é.
Meu pai implicar comigo quando uso short curto e ele sobe quando estou sentada. E sim, ele me manda trocar de roupa. Isso porque meu namorado, de 8 anos de relacionamento, está em casa.
Mas, dois casos me fizeram ter a ideia deste post. Uma, foi eu ter reclamado, de boa, do meu celular, que ele ficava quente e travava quando gravo vídeos.
O ser, homem obviamente, achou-se no direito de me mandar gracinha. Dizendo que se eu quisesse mandar uns nudes ele aceitava.
Outra foi o mansplaning que sofri quando cobri o evento para o Repórter UCB nerd/geek na minha faculdade. Fiz questão de trabalhar num sábado para que o evento fosse coberto pela pessoa mais capaz para isso, que era eu. Incluindo o campeonato de League of Legends. Não jogo tem muito tempo, mas algumas coisas ainda são as mesmas no jogo. No final de uma das partidas, fui entrevistar o capitão do time. E um cara resolveu me explicar a diferença entre o Capitão e o Técnico do time, que BTW eu conheço e falo diariamente até. (Engraçado que comentei com meu namorado sobre isso e ele não viu nada demais. Até porque ele nunca vai ver mesmo! É difícil entender!)
E essa nem tem como refutar, postei no twitter a prova.
Só que o estopim mesmo foi quando a vi a foto da ultrassonografia de uma conhecida, que está grávida e descobriu o sexo do bebê. Gente, estava escrito na imagem "Meu pintão". Eu fiquei indignada! Achei feio, achei ridículo e achei machista.
Até porque se fosse uma menina ninguém ia botar "Minha xerecona". Então porque com menino se coloca esse tipo de coisa? Já sexualiza e reforça o bendito culto ao órgão. E o pior, de um feto. O bichinho ainda nem nasceu e já tem gente "endeusando" o pênis dele. Na boa... É demais para minha cabeça.
Não julguei a mãe, mas eu com certeza não faria a mesma coisa com o meu filho.
Enfim, ficam estes exemplos de Mini machismos que ocorrem a cada dia na vida. É tão corriqueiro que se não paramos para prestar atenção, passa despercebido e "normal".

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