Muita gente costuma ter uma relação de amor e ódio em relação ao que escreve, inclusive eu.
Permanece horas escrevendo alguma coisa e acha tudo aquilo uma maravilha. Algum tempo depois, acaba relendo aquilo que escreveu e acha, sinceramente, uma bela de uma merda.
Se martiriza e ficou com a cabeça encucada tentando descobrir o que diabos tinha pensando na hora e por achar que aquilo estava bom.
Bem, eu não passo por isso!
Posso até reler algo e achar ruim, mas eu entendo que era um outro momento. Eu me sentia de uma outra maneira e meu pensamento era outro. Pode-se dizer que eu até era uma pessoa completamente diferente do que era naquela época.
Recordo do dia em que relia um trecho de As Super Agentes e o livro das magias, o primeiro livro que comecei a escrever. Era uma das partes que eu escrevi com uns 11/12 anos, considerando que levei oito anos para completá-lo, e como eu ria. Ria de gargalhar. Pode até ser bobo, mas eu vi a Anelise mais nova naquelas palavras. Bateu a nostalgia e uma saudade desse tempo.
Deve ser por esse motivo, de ser muito saudosista, que eu deteste fazer alterações nos meus textos. Eu acredito em uma coisa chama essência e acredito que ela se perca quando você pega uma cena e a reescreve. Vai mudar porque é uma outra situação na qual você está escrevendo.
E essa coisa de "odiar o que eu escrevo" existe, imagine ao contrário. Escrevendo achando que está uma bela porcaria, mas quando você vai ver de novo, o texto está muito bom.
É uma coisa bem complexa! Escritores são pessoas confusas que a cada hora estão com a cabeça em um lugar diferente, recebendo influências do mundo exterior. E, por que não, do interior também?
Adorei seu post, flor! Como sempre, você traz uma reflexão interessante. Eu mesma odeia o que produzo, quase sempre (quando releio) penso que poderia ter desenvolvido algo muito melhor. Mas igual a você, também percebo que naquele momento oferecei o melhor de mim. E vivia outra circunstância de vida, outras experiências (rs). Adorei. Seu texto foi muito saudoso… É difícil aceitar nossas próprias fragilidades, principalmente quando as achamos num texto, kkkk.
ResponderExcluirBeijos, flor!
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